terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL

Antes dEle tudo eram sombras de ignorância, de astúcia e de perversidade.
O ser humano encontrava-se reduzido à condição de escravo, contorcendo-se em sofrimentos inimagináveis.
A Sua chegada à Terra, precedida pelos cânticos sinfônicos dos seres angélicos e dos mensageiros da paz, criou uma psicosfera até então desconhecida, iniciando-se um período especial para a sociedade.
Espontâneo como as aragens perfumadas do amanhecer, Ele chegou suavemente e se instalou nos corações.
Nobre como uma labareda crepitante, Ele deu início ao incêndio que faria arder as construções do mal.
Gentil como o sorriso das flores, derramou claridades diamantinas, vencendo a escuridão vigente.
Bom como um favo de mel, adoçou as vidas que defrontou pelos caminhos, que passaram a cultivar a bondade e o amor em Sua memória.
Terno como a esperança, enriqueceu de alegria todos aqueles que se Lhe acercaram.
O Seu Natal é o poema de alegria que vem dos Céus na direção da Terra atormentada, tornando-se um hino de perene beleza, que se sobrepõe à algazarra da zombaria e à balbúrdia do sofrimento...
Ninguém, que jamais se Lhe equipare, na forma como veio e na maneira como permaneceu no meio da perturbada multidão.
A música dos seres celestes na Sua noite assinalou com insuperável sonoridade o planeta.
É verdade que, depois dEle, ainda permaneceram idênticas paisagens morais no mundo...
A diferença, porém, consiste no conhecimento que Ele propiciou para que todos aqueles que desejem vida, a tenham em abundância.
Alargou as fronteiras da vida para além da morte e fez-se ponte para vencer o aparente abismo existente, possibilitando a conquista da plenitude.
O Natal de Jesus é, desse modo, o momento culminante dos esponsais do ser humano com a Consciência Cósmica.
A partir dessa ocasião sublime, a criatura humana passou a dispor dos equipamentos e recursos específicos para a aquisição da felicidade, em qualquer situação em que se encontre.
Já não lhe devem importar em demasia as coisas, a aparência, os petrechos que ficam ao lado do corpo, mas os tesouros inapreciados, que são os sentimentos edificantes, os pensamentos ditosos, as ações amorosas.
Neste Natal, canta um poema de amor a Jesus, celebrando-Lhe o aniversário com a tua transformação moral para melhor, mantendo a tua aliança com Ele e levando-O em forma de bondade e de misericórdia a todos aqueles que cambaleiam nas sombras da dor, da revolta e do esquecimento social...
Comemora, pois, o teu Natal, de forma diferente, recordando-te da singela manjedoura que se transformou com Ele em um palácio sideral.
(Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30, do livro
Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 15.12.2012.)